Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado
Sophia de Mello Breyner Andresen
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado
Sophia de Mello Breyner Andresen
16 comentários:
Enquanto eu escrevia o comentário você estava colocando um novo post.
Um poema de Sophia que podia muito bem ter sido escrito hoje, porque a actualidade não nmudou nada, infelizmente para nós.
Um abraço
Espero q.tenhas passado um Domingo de Páscoa calmo e feliz.Já se riem
por eu dizer "calmo".Claro! Este calmo é = sem problemas...
A Maria como está? Miminhos para ela.
Beijo.
isa.
A Sophia sabia que a poesia também contém uma ética. Por isso disse sempre o que achava estar certo, como neste excelente poema.
A imagem do 25 de Abril de 1974 é inesquecível. Beijos.
Bom dia Isamar!
A palavra pecar, em Grego, tem tambem o significado de errar o ponto, ou seja, continuamos cometento pecados e desagregando o objetivo da qual a humanidade é responsavel.
Belo lembrado poema.
Beijos e um começo de semana ensolarado em você.
Belo poema, da nossa mais perfeita poeta. (Sophia não gostava de ser chamada poetisa)
Um alerta que passados tantos anos está, infelizmente, muito actual.
A foto lembra-nos os dias mais exaltantes das nossas vidas.
Temos que acordar para que outros dias de esperança sejam vividos em Portugal.
Um grande abraço
Nocturna
Conheço um cântico, ou um espiritual negro, que começa precisamente pelas mesmas palavras, "Vemos, ouvimos e lemos", que ouvi ainda muito novo numa igreja protestante frequentada em exclusivo por negros. Este e outros cânticos ficaram-me para sempre na memória, pela sua beleza e harmonia vocal, que então eram para mim uma novidade total.
Abraço do Zé
sempre em dia, sempre actual, a esperança numa cantata de paz!
e abril???
andei por outros lados, fora daqui...
e o nosso menino começa a crescer, a desenvolver-se...
beijinhossssssssssss grandesssssssss
Vinha só deixar beijinhos, mas ao ler este poema, comecei a pensar, a pensar e cheguei à conclusão de que um a um, individualmente, poderíamos mudar o mundo, se quiséssemos...
Beijinhos ceguetas...
Poema/canção, hino à liberdade com o 25 de Abril (soube aqui que era de Sofia), é intemporal.
Abraço
amiga
Da nossa mais querida poeta Sophia
um belissimo poema escrito Há decadas atrás mas completamente imtemporal
Parabéns
Querida I.
E muitas vezes este poema musicado acorda-me na garganta...
que bom revê-lo aqui!!!!!
Tudo de BOM PARA TI!!!!!
Bjkas!
Excelente este poema da Sophia...
Bela escolha e partilha. Jhs
Não! Não vamos ignorar. Não vamos (deixar) esquecer.
Abraço solidário.
Tudo de bom.
Querida Cara-Vento:
Regressada de férias venho visitar-te e deparamo-me com este actualíssimo poema de Sophia que é como se prova intemporal.
"Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado"
Beijos
excelente também a voz do Pe. Fanhais, que deu corpo à canção.
... quem hoje celebra o Poema?
beijos
Sophia está neste belo poema intimamente ligada à voz que o tornou famoso. F. Fanhais...
Beijinho.
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