Serra do Caldeirão e Rio Guadiana
Todos nós sabemos que a fixação do homem na terra prende-se com a existência dos cursos de água. As primeiras comunidades sedentárias na Península Ibérica, à semelhança do que aconteceu por todo o mundo, apareceram na proximidade dos rios e ribeiros, ao tempo bem mais caudalosos do que hoje. A Serra do Caldeirão foi escolhida há cerca de seis milénios por essas comunidades agro-pastoris que construíram os seus povoados de pedra sobre pedra no cimo dos montes e aqui ergueram os seus monumentos funerários.
Deste período, designado de Neolítico, foram encontradas marcas profundas embora não muito numerosas, na paisagem serrana. As antas, arcas ou dólmenes, destinavam-se a guardar no seu interior os restos mortais provavelmente de uma elite emergente da sociedade que os construiu.
Os menires, de forma mais ou menos fálica, comprovam cultos à vida e à fecundidade. Na Serra do Caldeirão, as condições climatéricas pouco rigorosas, quando comparadas com outras da Europa Ocidental, às quais se juntaram a abundância de água e os solos férteis, propiciaram a fixação e desenvolvimento de comunidades humanas nesta região.
Distribuídos pelos concelhos de Tavira e Alcoutim, estes testemunhos da Pré-História, do Período da Pedra Polida, devidamente conservados, constituem uma importante mais-valia para o estudo da vida do homem nesta época.
A Anta das Pedras Altas, no Monte da Mealha, e a Anta da Masmorra, no Monte das Alcarias de Pedro Guerreiro, na aldeia de Cachopo, destacam-se como os mais significativos monumentos funerários do período Neolítico do Concelho de Tavira
Todos nós sabemos que a fixação do homem na terra prende-se com a existência dos cursos de água. As primeiras comunidades sedentárias na Península Ibérica, à semelhança do que aconteceu por todo o mundo, apareceram na proximidade dos rios e ribeiros, ao tempo bem mais caudalosos do que hoje. A Serra do Caldeirão foi escolhida há cerca de seis milénios por essas comunidades agro-pastoris que construíram os seus povoados de pedra sobre pedra no cimo dos montes e aqui ergueram os seus monumentos funerários.
Deste período, designado de Neolítico, foram encontradas marcas profundas embora não muito numerosas, na paisagem serrana. As antas, arcas ou dólmenes, destinavam-se a guardar no seu interior os restos mortais provavelmente de uma elite emergente da sociedade que os construiu.
Os menires, de forma mais ou menos fálica, comprovam cultos à vida e à fecundidade. Na Serra do Caldeirão, as condições climatéricas pouco rigorosas, quando comparadas com outras da Europa Ocidental, às quais se juntaram a abundância de água e os solos férteis, propiciaram a fixação e desenvolvimento de comunidades humanas nesta região.
Distribuídos pelos concelhos de Tavira e Alcoutim, estes testemunhos da Pré-História, do Período da Pedra Polida, devidamente conservados, constituem uma importante mais-valia para o estudo da vida do homem nesta época.
A Anta das Pedras Altas, no Monte da Mealha, e a Anta da Masmorra, no Monte das Alcarias de Pedro Guerreiro, na aldeia de Cachopo, destacam-se como os mais significativos monumentos funerários do período Neolítico do Concelho de Tavira
Anta da Masmorra
Anta das Pedras Altas
No Concelho de Alcoutim, o outro concelho serrano do interior, também se encontram antas e menires assim como alguns objectos ligados aos cultos então praticados. Aqui poderão ver-se a Anta do Curral da Castelhana e os Menires do Lavajo. Situado entre as povoações das Cortes Pereiras e Afonso Vicente, o Conjunto Megalítico do Lavajo (3500 a.C.) é constituído por um alinhamento de três menires e quatro estelas que distam entre si cerca de 250 metros. O local encontra-se devidamente protegido e bem localizado. Os objectos ali encontrados poderão ser vistos no núcleo de arqueologia de Alcoutim.
Anta das Pedras Altas
No Concelho de Alcoutim, o outro concelho serrano do interior, também se encontram antas e menires assim como alguns objectos ligados aos cultos então praticados. Aqui poderão ver-se a Anta do Curral da Castelhana e os Menires do Lavajo. Situado entre as povoações das Cortes Pereiras e Afonso Vicente, o Conjunto Megalítico do Lavajo (3500 a.C.) é constituído por um alinhamento de três menires e quatro estelas que distam entre si cerca de 250 metros. O local encontra-se devidamente protegido e bem localizado. Os objectos ali encontrados poderão ser vistos no núcleo de arqueologia de Alcoutim.
33 comentários:
Cara Isabel
A Serra do Cladeirão é lindíssima e o Guadiana, visto do cimo dela, é um fio de prata que apaixona, até, os de alma menos poética. Em termos históricos, como bem comprova pelo artigo, o conjunto serra/rio é de grande riqueza.
Um grande abraço
Uma boa lição de História , acompanhada por lindas imagens das Antas ,por onde eu já andei e de que gostei muito.Linda a Serra do Caldeirão!
não conheço bem mas fica a vontade de ir ver melhor .
obrigada pelo apoio.
o caniche é de um amigo que por razões óbvias não o pode ter mais ...que fazer ???
Linda essa serra quer em fotografia como aqui a apresenta quer vendo com os próprios olhos, prazer esse que já tive várias vezes.
Bjs
Mais um excelente texto que nos mostra a serra com todos os seus segredos, e o rio.Conheço grande parte de algumas serras mas não conheço nada da serra do Caldeirão.
Um abraço e uma excelente semana
Boa divulgação que caberia ao Ministério da Cultura que pouco se interessa por estes vestígios históricos, deixando-os praticamente ao abandono e sem a divulgação e sinalização devidas.
Cumps
a nossa terra/país é muito linda!
o meu sobrinho veio há pouco (horinhas)desses lados... e agora apetecia-me ter ido com ele!
mas ainda não consigo estar em mais que um sítio ao mesmo tempo!...
e estes dias aqui na nazaré foram uma autêntica "provocação" às dietas a seguir...
lá para fevereiro penso ir a esses lados...
beijinhossssssssss milesssssssss
como sempre!
bem-hajas, isabel
Descrição excelente de uma Serra que em tempos conheci de passagem para as
praias, mas nada do seu interior.
E imagens muito elucidativas e belas.
Obrigado.
Beijo
Não encontro os rosmaninhos
floridos??!!!
Jinho
A serra...
já a olhei ao longe!!!!
agora, aqui, de pertinho!!!!
espero um dia caminhar por estes locais e apreciar detidamente cada um destes pormenores!!!!
Entretanto, um bom final de domingo!!!!
Bjkas!!!
Mais um bom contributo para o conhecimento do Algarve.
Gostava de ler a tua visão da serra e não a de um texto adaptado que podemos ler em outro lado.
De qualquer modo tê-lo aqui trazido já é muito bom, claro.
Um abraço.
Isabel
Pois a Serra do Caldeirão tem paisagens inesgotáveis e maravilhosas. Esta primeira foto está espectacular e consegue uma imagem da Serra e do Guadiana lindíssima.
Lá para cima. para os meus lados, mais própriamente em Vila Praia de Âncora, também existe uma anta, a da Barosa. No entanto é uma pena que esteja tão mal protegida. Neste país ninguém quer saber do nosso património cultural.
Mil beijinhos.
António
linda amiga, acontece uma coisa esquisita... percebo que terás um novo poste com um raminho de alfazema, mas chego aqui e, nada!!! levei o raminho, mas não o consigo "cheirar"...
estranho!?!?!?! bem sabes das minhas burrices nestas coisas, mas será assim mesmo!?!?!!?
beijinhosssssssss milesssssss
Passo e deixo o meu abraço.
Venho comunicar o meu regresso calmo e ainda lento, mas efectivo.
Como ainda não posso dar voltas muito grandes, contento-me (que remédio) com boas descrições de locais belos.
Abraço do Zé
Vim à procura do "cheirinho a rosmaninho"...mas fiquei-me pelo excelente passeio pela Serra do Caldeirão, tendo como guia a minha querida Amiga.
Obrigado. Bem-haja.
Tudo de bom.
Querida Isabel, venho deixar-te um Abraço Grande , Grande!!!
Também tu tens muita sensibilidade nas imagens que captas...
Bem hajas!
Mais um Abraço em ti...
Obrigada pelo olhar que nos deixas e que é convite à visita.
Um beijo, amiga.
"... E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares
Abraços com todo meu carinho.
Um lindo final de semana com muito amor e carinho
OLÁ!
VIM À SERRA E VOLTO À TERRA!
MAS ANTES, DEIXO UM ABRAÇO, CLARO!
Querida Isabel,
...venho desejar-te um bom fim de semana!
Abraço apertadinho,
Margusta
e o benfica está a começar...
ai jesus!
venho desejar-te um bom fim de semana, em paz e alegria...
beijinhosssssssssssss milesssssssss
Vim até aqui, numa tarde de domingo...fria, cinzenta e bastante chuvosa, na esperança de ler novidades.
Não aconteceu, desta vez, mas deu para te (re)ler.
Bem-hajas.
Tudo de bom :)
Olá
Bom feriado
Bjs
Hj é Dia
um bom dia.
sob lua cheia
um grande abraço em vc.
kokohmahá
Isamar
Lindas fotos continuas a tirar desse paraíso algarvio.
Muito bem.
Tendes queda para a fotografia e não só.
Assim vou tirando umas "curtas férias fora cá dentro"
Beijinho
Boa continuação
Isamar,
Gostei de ver as boas imagens e o texto muito didáctico. Conheci a serra e as suas estevas, mas há muito que a não percorro. Desconhecia estes monumentos megalíticos que desejo sejam conservados.
Ao vê-los recordo um pensamento que me surgiu hã algum tempo: desde então a tecnologia foi desenvolvida a passos largos, a uma velocidade que actualmente é alucinante, mas o ser humano, por si, nada evoluiu e talvez tenha regredido, perdendo o sentido gregário, a moralidade, a generosidade, o afecto pela família e pelos vizinhos. Tudo isso foi substituído pelo vil metal, ambição, ostentação e vaidade em todas as suas formas.
Beijos
João
Querida Isabel, venho deixar-te um abraço apertado!!!
OLÁ ISABELITA!
VIM VISITAR-TE E FIZ UMA BELA VIAGEM PRÉ-HISTÓRICA``A SERRA DO CALDEIRÃO... OU MU!
NOS TEMPOS EM QUE "EU SAÍA DE CASA" ANDEI MUITO POR TAVIRA E ARREDORES, INCLUSIVE FUI AO CACHOPO, MAS, QUE PENA, NUNCA DEPAREI COM NENHUM DESTES MONUMENTOS MEGALÍTICOS.
FIQUEI AGORA A CONHECÊ~LOS GRAÇAS A TI!
QUANTO à SERRA DO CALDEIRÃO, NUMA DAS PRIMEIRAS VIAGENS DE REGRESSO DO ALGARVE DE CARRO, EM QUE VINHA COM MINHA MÃE, ENGANEI-ME NA ESTRADA... -ISTO AÍ MEADOS DA DÉCADA DE 80 - E VIM PELA ESTRADA DA SERRA, OU SEJA POR MÉRTOLA. IA DANDO EM DOIDA COM TANTA CURVA! E PASSANDO AO ALTO DA SERRA, OLHA TIVE DE ME APEAR... PARA FAZER XIXI... É A ÚNICA SERRA ONDE DEIXEI "MARCADA" A MINHA PASSAGEM ;)))...
ESPERO QUE ANDES MELHOR.
BEIJOCAS GRANDES!
Deixo o meu abraço de bom fim-de-semana enquanto aguardo novos desenvolvimentos.
Eu "queeeeriiiiiiiiiiiiiiiia" novidades (como dizia o outro) , mas não vai ser para hoje, pelos vistos.
Não vou embora, sem deixar os meus sinceros votos de um excelente fim-de-semana.
Beijinhos
Tudo de bom
;)
Querida Isabel,
...passo para te deixar um beijinho, e desejar um bom fim de semana!
Margusta
Belas imagens, interessante texto histórico, um todo que faz do teu espaço um lugar de bem estar!
Um beijo,
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