quarta-feira, 18 de março de 2009

Até quando?


Recentemente, a comunicação social noticiou que uma aluna do 5.º ano, de treze anos de idade, numa escola de Aveiro, agredira a professora de Educação Visual e Tecnológica, a soco e pontapés, durante a aula, tendo a docente recebido assistência hospitalar.
Não posso ficar indiferente a notícias deste teor não só porque sou educadora mas também porque sinto que a indisciplina nas escolas está a assumir contornos alarmantes.
Este e outros actos semelhantes, que ultimamente têm chegado ao conhecimento público, são o resultado da desvalorização, do desrespeito, da desautorização de que os docentes têm vindo a ser alvo nos últimos anos.
Visto durante décadas como o paradigma do cidadão exemplar, transmissor do conhecimento e do saber, construtor de uma sociedade onde os valores de cidadania eram inquestionáveis, o professor tem vindo a perder valor intelectual, social , económico, cultural...
A desautorização docente é tema recorrente nos tempos actuais e os professores debatem-se com problemas que me parecem de difícil resolução. Além de terem de lidar com o desinteresse progressivo de um grande número de alunos pelos estudos têm de saber gerir situações de insubordinação, incompatíveis com o sucesso no processo ensino-aprendizagem. A falta de educação dos discentes e os problemas das suas famílias, muitas delas desestruturadas ou em vias disso, onde não há nem houve um modelo parental eficiente são problemas sociais com os quais a escola não pode nem deve pactuar. Para muitos,a escola é o único trampolim para subir na vida mas não estão preparados para aceitar regras porque nunca as tiveram. Obviamente quem nem todos os alunos mal comportados são oriundos de famílias desfavorecidas pois também se encontram alunos com extraordinárias competências intelectuais que vêm apresentando quedas consideráveis no seu aproveitamento devido ao seu carácter arrogante, insolente,que gostam de humilhar aqueles que não provêm do mesmo mundo social e económico. Os pais têm de ter bem ciente que são os primeiros grandes preparadores emocionais dos filhos, influenciando o desenvolvimento dos mesmos não só através do trabalho educativo que lhes compete, mas também como modelos de identificação, principalmente nos seus primeiros anos de vida.
O desenvolvimento emocional do indivíduo vai-se processando ao longo da vida mas é nos primeiros anos, ou seja, nas primeiras relações estabelecidas no seio familiar, que adquire os alicerces para o futuro.
Estamos vivendo uma era de famílias desestruturadas, passando por sérias dificuldades económicas e afectivas, famílias que não estão a preparar emocionalmente as suas crianças nem os seus adolescentes.
Não existem fórmulas que resolvam todas as nossas dificuldades num golpe de magia nem que façam desaparecer os problemas do nosso quotidiano pelo que não é isso que se pretende. A pretensão é bem mais modesta e exige trabalho e boa vontade de todos além do apoio de quem tutela a educação para punir com mão pesada quem tem comportamento tão inadequado. No terreno tem de haver os apoios social e psicológico de que estas famílias carecem desde o primeiro filho. A violência e a indisciplina nas escolas têm causas de natureza social mas não devemos por isso ser complacentes na sala de aula, na escola. Família e escola são duas instituições que não podem soçobrar sob pena de uma regressão civilizacional de consequências imprevisíveis.



( Com vento alimpam o trigo e os vícios com castigo
! )

22 comentários:

José Lopes disse...

Nos últimos anos, e eu já sou de outras eras, vi que autoridade começou a ser confundida com autoritarismo, e que a balda se começou a instalar, porque o medo de se ser mal interpretado se sobrepunha à razão.
Não se passa isto só na escola e na família, embora daqui se espalhe mais e comece a ser uma regra.
Cumps

Anónimo disse...

Como tens razão no que afirmas!
E tudo isso vai ter à Família.
Discutir à frente dos jovens,
ofender física e psicologicamente,levá-los de forma
brutal a escolher,etc,etc.
Toda a estrutura familiar desabou!
E já há muito.Tenho muita pena.
Olho à minha volta...e vejo tanto sofrimento!
Beijoo.
isa.

Filoxera disse...

Amiga, há tanto a dizer sobre isto...
Eu, por razões emocionais, não estou capaz.
Beijinhos.

Daniel C.da Silva disse...

Eu retiraria isto:

"O desenvolvimento emocional do indivíduo vai-se processando ao longo da vida mas é nos primeiros anos, ou seja, nas primeiras relações estabelecidas no seio familiar, que adquire os alicerces para o futuro."

e


"A violência e a indisciplina nas escolas têm causas de natureza social mas não devemos por isso ser complacentes na sala de aula, na escola".

É por se usar e abusar da protecção dos menores que começamos a precisar da protecção dos maiores...

Daniel C.da Silva disse...

Espero que nao te importes de ter feito menção com um link ao teu texto no meu blogue dado que concordo em absoluto com o que escreves.

Riscos e Rabiscos disse...

Faz uma análise sociológica com a qual concordo e subscrevo em grande parte, com excepção da parte final do parágrafo: "A falta de educação dos discentes e os problemas das suas famílias, muitas delas desestruturadas ou em vias disso, onde não há nem houve um modelo parental eficiente são problemas sociais com os quais a escola não pode nem deve pactuar."
Ao afirmar "(...) com as quais a escola não pode nem deve pactuar", retirou a veracidade da 1ª parte do parágrafo, e constitui uma incoerência relativamente ao texto no seu todo (do meu ponto de vista). Sendo a família, a escola e a comunidade parceiros do processo educativo, este tem uma componente sócio-educativa indissociável. Ou seja, a escola tem por inerência um papel na sociabilização dos educandos, tal como a família tem um papel preponderante no sucesso escolar (por razões afectivo-emocionais, entre outras). Logo, a escola tem que trabalhar com a realidade social da sua comunidade educativa. Da qual fazem parte as famílias. Parafraseando Daniel Sampaio "inventem-se novos pais"...Estes sim são os que necessitam de acompanhamento psicossocial, sendo os filhos o reflexo da sua desestruturação.
Quanto aos alicerces do indivíduo nos 1ºs anos de vida assentes no modelo parental, é uma verdade expressa em todos os manuais de psicologia, pedagogia, psiquiatria, neurologia, e ciências que estudam o comportamento humano, pelo que não entendi a razão de Daniel Silva retirar essa afirmação do texto.
Obrigada por proporcionar reflexões interessantes e que suscitam o debate de ideias :-) mesmo que discordante de algumas.

Anónimo disse...

Infelizmente, a desautorização neste País está muito para além da que acontece nas escolas. É um vírus que se propagou pela sociedade em geral, e vários são os exemplos que aqui podiam ser enumerados.
Sempre que vejo estas notícias, recordo com alguma nostalgia uma pequena história...fiz a escola primária sempre com a mesma professora (já contei isso no meu blog), e ainda hoje recordo quando a visitava (ela adorava as visitas dos antigos alunos), batia à porta e pedia licença para entrar, o que fazia logo após ouvir a voz dela: "Claro que sim." Ao entrar (ficava sempre emocionado)tinha TODA a classe (da 1ª à 4ª) de pé...em gesto de educação e respeito.
Não me venham agora dizer que isso eram outros tempos ...que é anti-social, anti-pedagógico. AQUILO era e sempre será para mim, EDUCAÇÃO E RESPEITO.
Continuação de uma boa semana.
Tudo de bom.

gaivota disse...

estão todos de rastos, famílias, escolas, educação
é incrível como acontecem tantos e tão descarados crimes!
sim, crimes, porque já ninguém é tratado com a dignidade que qualquer ser humano merece, nem no seio familiar, quanto mais quanto mais na generalidade da vivência e convivência!
agressões e mentiras descaradas sem nexo, para se sobreporem ou, como se diz na praia "chama-lhe tu antes que ela te chame a ti..." (bate-lhe tu, antes que te batam a ti...) e são ilesos e na maior, não se passa nada!
até quando???
bom texto, isabel, é revoltante!
beijinhosssssssss grandesssssss

Mare Liberum disse...

Riscos e rabiscos

A escola tem obrigação de trabalhar com a realidade social da sua comunidade educativa mas precisa de apoio social e psicológico que lhe permita ultrapassar problemas como o que aqui está exposto que, pouco a pouco, poderão tornar-se norma e não excepção.
Eu sou do tempo em que os pais diziam que quem dava o pão, dava o ensino e os alunos chegavam à escola com as bases educativas que lhes permitiam acatar as normas ao tempo vigentes. Não as defendo , nunca as defendi mas passar de um extremo ao outro não me parece que seja o caminho a seguir numa sociedade que queremos de gente honesta, trabalhadora, responsável. A escola deve ter meios para actuar de forma assertiva, eficaz e parece-me que isso só se conseguirá com uma equipa de assistentes sociais e psicólogos ao seu lado e ao lado da família.

Grata pelo seu comentário que muito enriqueceu o texto.

Bem-haja!

Um abraço fraterno

Papoila disse...

Querida Cata-Vento;
Há uma desvalorização completa do professor, uma tremenda inversão de valores onde o que importa é Ter e não Ser. O professor, o médico e o padre eram efectivamente indivíduos respeitados... o desrespeito absoluto a desautorização completa está a expandir-se e pouco falta para começarem agressões físicas aos médicos porque verbais já fazem parte do quotidiano...
"A violência e a indisciplina nas escolas têm causas de natureza social mas não devemos por isso ser complacentes na sala de aula, na escola."
Nunca ser complacente! Dá muito trabalho... mas só assim se reconquista autoridade.
Beijos

Unknown disse...

Querida Isamar,

tenho sido directora de turma em tantos anos...mas nunca como nos dias de hoje esse é um cargo de mais dificil desempenho!!!!
Sentir nos filhos o desapego dos pais...ver nos pais imensos problemas que os afastam dos filhos!!!!

não ter possibilidade de poder ajudar a resolver tantos dramas diários!!!! que se reflectam na sala de aula e coisas tão "simples" como o rendimento escolar, a postura na sala, o responder desabridamente a colegas e professores... e tanto tanto mais!!!!!

Quando fecho o dossier de turma e o guardo no armário fico muitas vezes presa aqueles jovens e nem sempre sei se as decisões que tomo serão as que mais os ajudarão...
Mas ser professor ainda é, para mim, um desafio!!!!!

Elvira Carvalho disse...

Tem razão amiga, mas o problema não é das escolas, nem dos professores, mas dos pais que por vissicitudes da vida, se vêem cada vez mais tempo fora de casa, e cada vez menos dão aos filhos, aquilo que eles precisam. Amor disciplina e princípios. Há dias liguei a TV numa hora em que estava a dar uma novela, e não me pergunte qual era que eu não sei, nem costumo ver, mas chamou-me a atenção, que estava um pai e uma professora falando de um jovem. A professora fazia queixa do aluno que iria ser suspenso porque tinha feito asneira grossa( não sei o que terá sido, porque não vi de início. O homem dizia que o filho não podia ser suspenso e tal, e a professora que o pai tinha que chamar a atenção do filho, que eram os pais que tinham que educar, e o pai respondeu:
Se nós temos que lhe dar educação, o que é que eles veem fazer para a escola?
Dá para perceber que há por aí muita gente a pensar assim. Daí que os jovens estejam cada dia mais mal educados.
Um abraço

Riscos e Rabiscos disse...

Pontos de convergência:
Copy do meu comentário:
"...pais...Estes sim são os que necessitam de acompanhamento psicossocial, sendo os filhos o reflexo da sua desestruturação".
Quero eu dizer por acompanhamento psicossocial, a integração das vertentes de psicologia e serviço social na escola (para acompanhamento às famílias e apoio aos professores).

Copy do seu comentário: "só se conseguirá com uma equipa de assistentes sociais e psicólogos ao seu lado e ao lado da família".
Teremos dito o mesmo de forma diferente.

Ponto fulcral da minha discordância, que reafirmo,
quando diz: "...e os problemas das suas famílias, muitas delas desestruturadas ou em vias disso, (...) são problemas sociais com os quais a escola não pode nem deve pactuar". Esta afirmação daria matéria para um outro blog ;-)
Penso tratar-se de ruídos à comunicação escrita, pois a frase impele-me de imediato a colocar algumas questões: então se a escola não deve nem pode pactuar com discentes provenientes de famílias desestruturadas, com problemáticas sociais, alvo de um modelo parental ineficiente, aliás inexistente, a quem se dirige a escola? Apenas a alguns? Aos alunos oriundos de classes sociais favorecidas, sem problemas sociais? Isto não seria segregação? Então e a igualdade de oportunidades? E a democratização do ensino? E a escola para todos? E a inclusão? etc, etc, etc. Penso que o que está aqui em debate é a sua afirmação "não deve nem pode pactuar" com os problemas sociais dos alunos e suas famílias.
Ruídos, creio eu.

Bom final de semana (vou para fora cá dentro!) :-)

EDUARDO POISL disse...

Hoje só estou passando para desejar um feliz dia do blogueiro,
com um final de semana cheio de amor e esperança.
Aproveito para deixar um lindo poema de Mário Quintana


Amar: Fechei os olhos para não te ver e a
minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados
desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada
nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....
O amor é quando a gente mora um no outro.

(Mário Quintana)

Abraços:Eduardo Poisl

Mare Liberum disse...

Riscos e Rabiscos

Claro que é a minha afirmação " não deve pactuar..." que levantou esta polémica, sempre salutar num blogue e/ou fora dele.
Eu defendo uma escola inclusa mas também defendo uma escola intransigente quanto à indisciplina, ao desrespeito, à desautorização dos professores. Estes casos críticos, que já vão sendo muitos, precisam de um acompanhamento especial.As equipas psicossociais têm de acompanhar as famílias na escola e fora dela. Quando se atribui uma casa a uma família carenciada, desestruturada, onde quase sempre até os pais precisariam de voltar à escola tem de se proceder a um acompanhamento da mesma. Dar o peixe e a cana não chega. É preciso ensinar a pescar e acompanhar o pescador desde o primeiro dia. E olhe que falo daquilo que faço quase diariamente com uma taxa de sucesso razoável. Será por isso que sou tão rígida quanto a isto?
Não lhe passe pela cabeça, cara amiga, que defendo escolas públicas para "meninos bem". Segregação, discriminação, marginalização, exclusão jamais devem ser permitidas assim como a desautorização, o desrespeito por quem tem a nobre missão de educar.

Um abraço fraterno.

Bem-haja!

Bom fim de semana!

jo ra tone disse...

Isamar,
Um assunto preocupante que apresentas, e que vai acontecendo cada vez mais nos nossos dias.
Parte d´um princípio que a educação dos filhos deve partir do seio da própria família, e que a família de hoje deve também saber educar, vigiar constantemente o comportamento dos mais novos.
Há uma coisa que me dá muito que pensar! As crianças nas creches com toda aquela barulheira, competições, gritos arrogâncias, que por vezes os seus monitores têm dificuldade em lidar com eles.
Alguns levam tudo isto para casa. Isto para não falar tb do seio familiar, em que muitas vezes os pais, a comunicação social dão tudo o que contribui para degradar a educação dos mais novos. São os filmes agressivos, de terror, mesmo na BD, livros etc.
Bem hajas
João

MPS disse...

Cara Isabel

A minha preocupação já está noutro nível, o de saber se devo, ou não, comunicar à polícia que "a", "b" e "c" já se inserem em circuitos crimonosos? Será que, estando ainda na fase dos bons malandros, a escola ainda é capaz de os fazer encarreirar pelo bom caminho?

Em tese eu não deveria hesitar, mas o meu grande receio é que, sendo chamados à esquadra e, dali, ao tribunal, regressem a casa sem castigo nenhum porque nada se provou e que, de tudo, a única lição que a garotada possa aprender seja a da inconsequência dos seus actos. É esse o meu grande receio, mas tem razão, tudo começa na inexistência de freios.

Um grande abraço

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

O conflito aberto existente nas escolas , não é apanágio das escolas mais desfavorecidas ou carenciadas , existe igualmente noutras escolas... O que vêm a público são casos extremos que sem dúvida merecem a maior atenção , mas não a coberto de algum jornalismo menos sério , ou um certo discurso daniel sampaiês que abomino , por distrair as atenções do que é , a meu ver essencial . Desde sempre a escola atribui culpas á família e a família á escola, como se de um problema insolúvel se tratasse. Ora , não o é . A escola é um aparelho ideológico do Estado que visa formar cidadãos obedientes e servis, que não reclamem , não discutam , votem ou de preferência não, aprendam o minímo, Nada me serve discutir aqui a minha memória de há muitos anos , pois , ela é histórica , e como tal deve ser discutida, e nesse cômputo está certamente o conflito com quem desempenhava o seu papel que o estado exigia, e no caso salazarista estava bem montado. O que me preocupa é o facto de a escola reportar para as famílias o que acontece nas escolas , sabendo-se que a propagada crise de autoridade, nada mais é do que o estado social em que nos encontramos, com raizes autoritárias nos últimos cinquenta anos. Por isso em vez de discutir o verdadeiro estado em que se está , um certo discurso psicológico ao pretender desmontar a crise de autoridade , apenas a serve com bonito linguajar , distraindo , inclusivamente os professores do real problema .
Abraço
________ JRMARTO

helia disse...

È evidente que devem ser os pais os primeiros a educar os seus filhos e a influenciarem o seu desenvolvimento,mas infeizmente os pais de hoje não têm tempo.Pai e Mãe trabalham durante todo o dia e apenas estão com os filhos um bocadinho de manhã e outro à noite , e quando chegam a casa , pais e filhos estão cansados e não há diálogo... Por isso é que os Avós têm um papel importante na ajuda que dão aos filhos e netos, embora por vezes sejam demasiado permissivos em relação aos netos, mas de qualquer modo , têm mais tempo para conversarem com eles e aconselharem-nos. Mas o que se passa nas Escolas é muito lamentável!No meu tempo e já lá vão muitos anos e mesmo no tempo da minha filha,nenhum aluno desrespeitava o Professor. E nos últimos anos a violência nas Escolas tem aumentado assustadoramente...

Ana Echabe disse...

"Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."
Paulo Freire
(1921-1997)

Um educador e grande cidadão do ensino Brasileiro.

Abraço a todos

Jorge P. Guedes disse...

Ora bem!

O que aqui dizes penso que é do consendo da esmagadora maioria dos educadores, pais conscientes e civilizados e responsáveis ministeriais, ou seja, estão perfeitamente diagonsticadas as maiores causas desta doença.
O problema está na terapia a seguir.

sendo verdade que um regresso aos velhos castigos de punição corporal não fazem, como nunca fizeram, o menor sentido, haverá que estudar novas fórmulas para punição dos prevaricadores em defesa dos que querem estudar e aprender.
Umamaior inflexilbilidade anível dos comportamentos desrdeiros e desviantes impõe-se. Porém é necessária acolaboração de toda a comunidade e do governo, também.
Os pais são os PRIMEIROS E GRANDES RESPONSÁVEIS pela EDUCAÇÃO. Assim, há que obrigá-los ao bom cumprimento dessa missão. Como?
Olha, o melhor meio, quanto amim, é tirar-lhes todos os subsídios assim que os seus educandos lesem de alguma forma, reincidentemente, a comunidade escolar em que estão inseridos. Há certas famílias que só deste modo agem para garantir a vigilância do comportamento dos filhos.

Depois, há uma outra verdade.
com a massificação da educação obrigatória, entraram para o sistema muitos milhares de professores sem a menor preparação pedagógica para o exercício das suas funções. Conheci casos de "professores" que se tratavam por tu e "iam para os copos" com alunos ao fim-de-semana. Outros, sentavam-se nas secretárias e não se davam ao cuidado de manter uma certa distância relacional imprescindível em qualquer relação mestre-aluno.
O mestre tem, SEMPRE, de mostrar quem é o árbitro e detém o poder decisório dentro de uma sala de aula. "Perder a mão" é meio caminho para a rebaldaria total.
Podemos brincar, "abrir e fechar a torneira", como costumo dizer, mas saber e fazer saber que a fecharemos quando houver excessos.
Procurar ser sempre justo nas decisões e explicar aos alunos a razão das suas decisões é outra peça fundamental para ganhar asua admiração e, consequentemente, o respeito voluntário dos mesmos.

Muito mais teria para dizer mas, num comentário, até acho que já escrevi demais.

Um abraço para ti.

Jorge P. Guedes disse...

Peço desculpa pelos meus habituais erros de dactilografia. Acho que tenho mesmo uma dislexia galopante, fruto da escrita apressada.
Exemplos, assim à vista:
"consenso" e NÃO "consendo"; "diagnosticadas" e NÃO "diagonsticadas", etc...

Ao menos que o sentido geral se não tenha perdido de todo!

Um abraço.