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E o Ano Novo aí está . Apelos para festejar a passagem do ano não faltaram. De norte a sul do país, choviam as ideias para festejar o início de 2009. Umas mais económicas, quase a custo zero, organizadas pelas autarquias, festas de rua, de bairro, de freguesia com sonoridades falk, jazz, rock, pop... Outras, porém, ascendiam a alguns milhares de euros. Hotéis, restaurantes de luxo,barcos de cruzeiro estavam esgotados ou quase. Afinal a crise económico-financeira tão propalada e sentida fez tréguas no dealbar do Ano Novo? Tais comportamentos, anómalos em tempos que deveriam ser de contenção, confirmam, mais uma vez, que a crise quando chega não é para todos. E aí está um ano novo feito de pano velho. As previsões não são optimistas e não querendo ser profeta da desgraça, o desemprego continua, as catástrofes humanitárias do Darfur, da Somália estão por resolver, milhares de refugiados continuam a ser despejados noutros países, o conflito Palestina/ Israel ,reaceso, está a ferro e fogo,o contínuo degelo do Árctico continua a não ser uma prioridade, as guerras do Iraque e Afeganistão sacrificaram e sacrificam milhares de vidas. E nós por cá? Tudo bem? Que planos se prepararam para 2009? Sabemos que o Parlamento Europeu rejeitou a directiva que aumentava o número de horas de trabalho semanal para 65 mas o Novo Código de Trabalho não deixou em aberto a possibilidade de alargar até às sessenta horas o trabalho semanal? Aumentando a semana de trabalho não aumenta o desemprego?
Na barra dos tribunais continuam pendentes casos que se arrastam há anos,nas escolas os professores continuam descontentes com o processo de avaliação e com o Estatuto da Carreira docente,o funcionalismo público também já viveu melhores dias, entre os médicos e os juízes o descontentamento não é menor,enfim, para não falar de outros conflitos latentes que já deflagraram na Europa.